No fim da segunda década deste século encontramos ainda empresas em que as comunicações são inexistentes e em que ainda existe a cultura “do chicote” das “direções” sentadas nos seus pedestais, dum enorme distanciamento nas suas hierarquias, que tudo junto causa uma enorme desmotivação.
No entanto quando consultores externos falam com as direções , estas acham que está tudo bem, os resultados estão em crescendo, pelo que as coisas estão a funcionar. Puro engano.
As empresas e as suas lideranças precisam de estar em constante auto avaliação, e avaliação pelos seus principais clientes que são os seus próprios trabalhadores. Caso este se encontrem motivados e sendo a solução não a questão, os resultados aparecem.
Fazer perguntas é um instrumento com um poder único para libertar o valor das organizações: gera aprendizagem em troca de ideias, alimenta a inovação e a melhoria do desempenho, constrói relações e confiança entre membros da equipa, alem de poder mitigar o risco nos negócios ao descobrir fossos e riscos imprevistos.
Encorajar os trabalhadores a fazerem perguntas, é muito importante para criar um ambiente onde as pessoas se sintam seguras a levantar questões difíceis. Quando os trabalhadores veem alterações no pensamento e nos processos em resultado das suas perguntas, sabem que o que dizem é valorizado.
Nunca seja demasiado grande para deixar de fazer as coisas pequenas que tem de ser feitas. Nunca espere que alguém faça o seu trabalho. Nada lhe é dado de bandeja. Nunca “deixe de varrer o balneário”.
Os lideres de sucesso equilibram o orgulho com a humildade: orgulho absoluto no seu desempenho; humildade total perante a magnitude da sua tarefa.
Procuram um porquê para a mudança, uma visão séria do futuro (visão sem açcão é um sonho, acção sem visão é um pesadelo), uma capacidade sustentável de mudar, um plano credível para executar.
Num estudo recente no qual participei, solicitámos a 125 executivos de topo de empresas, baseando-se o mesmo em 90% de MPME (micro, pequenas e médias empresas) e 10 % em grandes empresas, que nos referissem; as 3 perguntas “inconvenientes” que se podem fazer à liderança.
Os resultados:
1 – Enquanto líder consigo obter resultados positivos para a organização através dos outros?
2- Qual o nosso lugar daqui a 10 anos e o que tem feito ou planeado para o acompanhar?
3- Somos uma empresa transparente?
Existiram umas quantas mais questões, que menciono de seguida com o objectivo de pôr as pessoas a pensar.
– Consigo passar a mensagem dos objetivos da empresa?
– Temos as pessoas certas incluindo a minha prestação?
– No que é que somos excelentes, qual a nossa vantagem competitiva, qual a nossa mais valia?
– Consigo motivar a minha equipa?
– O que podemos ou devemos fazer diferente?
– O que podemos ou devemos deixar de fazer?
– Os resultados da empresa são fruto da sua missão?
– Qual a nossa estratégia e a quanto tempo?
– O que é que inovamos?
– O que se aprende nesta empresa?
– Quais as verdades inconvenientes?
– Quando as aceitamos? De quem? De quem as não aceitamos?
– Quem nesta organização é o “grilo falante”?
– Escuto e pondero as ideias dos colaboradores?
– Dou-lhes a oportunidade de crescer?
– O conhecimento está nos colaboradores ou centrado na gestão?
– Qual a melhor modo de financiar a empresa? Na margem dos clientes, na banca, no fornecedor?
– Como justifica os resultados recentes da sua empresa face aos objectivos traçados e face à concorrência?
– Como é que a sua liderança irá contribuir para a prossecução dos objetivos da sua empresa?
Questionem-se, questionem diariamente.