
Nas empresas de futuro alem das inúmeras atitudes a rever e inovar uma das que temos de estar atentos é à sua mudança de mindset.
Após rever um filme de 2015 “O Estagiário” com Anne Hathaway e Robert de Niro, dou comigo a meditar, que o futuro das empresas vai passar por estas soluções.
Mais de 700 milhões de pessoas têm 65 anos ou mais. Até 2050 esse grupo etário terá mais mil milhões de pessoas devido ao aumento da longevidade.
O Japão tem actualmente a população mais envelhecida do mundo, mas até 2050 várias dezenas de países terão uma percentagem de idosos maior do que a que o Japão tem agora.
Nos Estados Unidos cerca de 10 mil pessoas fazem 65 anos todos os dias, e um, em cada cinco americanos terá 65 ou mais em 2030.
65 anos é a idade a partir da qual, em termos estatísticos e administrativos, a nível mundial uma pessoa é considerada idosa.
Em Portugal 22% da população tem mais de 65 anos, correspondendo a mais de 2 milhões de pessoas. Em 1970 eram apenas 10% do total.
Segundo o INE 42% dos portugueses poderão ter 60 anos ou mais em 2050. Hoje são 28%.
19,5 anos é a actual esperança de vida aos 65 anos. Em 1960 era de 13,6 anos.
50% das crianças que nascem hoje deverão ultrapassar os 100 anos de idade.
As empresas devem investir em oportunidades para criar trabalhos de mentoria e part-time, horários flexíveis e programas de sabática orientados para as capacidades e inclinações dos trabalhadores mais velhos.
Os mais “batidos”, trazem ás empresas uma mentalidade de talento, baseada em diagnósticos de vivências anteriores, não se importando de incentivarem a promoção de jovens “estrelas” sem experiência, que se encontrem no nível médio hierárquico das empresas, cientes de que, se essa aposta falhar, se pode voltar atrás e refazer.
A mentalidade dos mais “batidos”, não tem vergonha de admitir os seus erros, partindo do principio de que os mesmos lhes trouxeram uma maior sabedoria, estando sempre dispostos a partilhar conhecimentos.
Existe um outro dom fundamental que esta mentalidade traz que é a prestabilidade, significa que não preciso saber tudo, só preciso trabalhar entre pessoas que são boas em obter e dar ajuda.
Encontro muitas vezes nas empresas o medo dos seus “investimentos” humanos hierarquicamente em lugares de topo, de se relacionarem com a mentalidade dos mais “batidos”, que lhes dizem as verdades incómodas, só que são essas verdades incómodas que fazem melhorar a produtividade das suas equipas.
A empresa do futuro alem de todos os recursos tecnológicos, vai contar com os investimentos humanos de juventude que trazem a energia, ajudados pelos investimentos humanos mais “batidos” que lhes trazem a disciplina da experiência e da clareza, que ajudam as pessoas a se prepararem não para a previsibilidade confortável de ontem mas também para as realidades de hoje e todas essas possibilidades desconhecidas de amanhã.
Um outro ponto que gostava de partilhar é que todos, sem excepção, devemos estar activos.
Sou voluntário em várias instituições, e nesta situação pandémica, em que muitos momentos menos bons se passam, tenho sentido nas acções em que participo, de que todas as pessoas devem ter um papel activo na sociedade, sejam pessoas reformadas, subsidiadas, desempregadas, rendimento social de inserção…..todas.
A quantidade de pessoas que vemos praticamente abandonadas é desumano.
As pessoas mais do que o básico necessário para viver, precisam do “calor” humano, necessitam de um olhar ou de serem escutadas, precisam de um pouco do nosso tempo.
Os modos de como podemos ajudar são múltiplos, não existem pessoas iguais, e cada um de nós valoriza coisas ou atitudes diferentes.
Existem muitas empresas com uma grande responsabilidade social, o que é de saudar, no entanto sugiro que alem das responsabilidades já existentes tenham dentro dos seus membros equipas de “afecto” social, porque esse não tem preço.
O que motiva as pessoas, para alem do reconhecimento do seu trabalho, são os laços, a lealdade e a confiança que desenvolvem entre si.
Faz bem a quem recebe, e muito bem a quem dá, partindo sempre do princípio de que só perdemos o que não damos.
Numa altura em que o desemprego vai aumentar, olhem para o voluntariado como um primeiro passo de saída, que lhes traz experiências e vivências muito enriquecedoras, que mais tarde ou mais cedo vão poder usar na vida.
“A escada que sobe é a mesma que desce, as pessoas que encontramos na subida encontramos na descida” Papa Francisco