
Agradecendo desde já ao jornal Expresso pelo artigo, subscrevo o mesmo, pelo exemplo de resiliência e altruísmo.
Muito obrigado.
“De uma pequena loja para um mundo
A Segunda Guerra Mundial tinha terminado há apenas quatro semanas quando Adolf Würth decidiu abrir um negócio grossista de parafusos – o que hoje conhecemos como Grupo Würth –, que começou com uma loja com 200 m², que existe até hoje na Alemanha, conservada como museu.
No dia 29 de maio de 1945, decidiu levar o seu filho, Reinhold Würth, numa deslocação de carroça até à fábrica de parafusos em Ernsbach, na Alemanha, sem que este calculasse que juntos acabariam por transformar uma loja de ferramentas local numa multinacional líder de mercado na área da fixação e montagem profissional. Atualmente, o grupo está em mais de 80 países, emprega mais de 83 mil empregados em mais de 400 empresas com mais de 24 mil lojas. Tem uma faturação anual de mais de 14 mil milhões de euros.
Em 1949, com 14 anos, o jovem acabou por entrar no negócio em Kunzelsau, primeiro como aprendiz e depois como colaborador. Segundo o site oficial do grupo, em 1952, Reinhold concluiu a sua formação como vendedor grossista, tendo passado com êxito o exame que teve de fazer perante a Câmara do Comércio e Indústria. Dois anos depois, com a morte prematura do pai, aos 45 anos, o jovem, na altura com 19, assumiu a gerência da empresa, transformando-a, nas décadas seguintes, num grupo representado em todo o mundo.
O grupo chegou a Portugal em 1974.
Apesar de Reinhold Würth atribuir o sucesso da sua empresa aos seus funcionários, foram as suas práticas de gestão visionárias que lhe permitiram fazer crescer o negócio. «A satisfação do cliente não é suficiente – queremos inspirá-los!», é um dos seus lemas. Em várias entrevistas, o dono do grupo Würth revelou o seu desdém pela arrogância e a sua crença na importância dos empresários abraçarem a modéstia e as competências.
Em 1994, o magnata alemão retirou- -se da administração da empresa, assumindo a posição de presidente do Conselho Consultivo do Grupo Würth. No dia 1 de Março de 2006, a sua filha Bettina sucedeu-o. Reinhold Würth continua a ser o presidente do Conselho Consultivo das Fundações. A aposta no combate ao cancro do pâncreas A doação de 50 milhões de euros para reforçar a investigação de combate ao cancro do pâncreas, foi anunciada na passada sexta-feira pela presidente da instituição, Leonor Beleza.
A ex-ministra da Saúde adiantou que a doação se destina a financiar exclusivamente a investigação sobre o cancro do pâncreas, possibilitando «reforçar as equipas» que na instituição que dirige se têm dedicado ao estudo da doença, «uma das mais perIgosas e mais temidas».
Recorde-se que, em 2018, o casal espanhol Mauricio e Carlotta Botton, família proprietária da marca de iogurtes Danone, já tinha feito uma doação no mesmo montante, o que permitiu à Fundação Champalimaud construir o Centro Botton-Champalimaud para o Cancro do Pâncreas, inaugurado em 2021. Na semana passada, o Presidente da República condecorou, no Palácio de Belém, Reinhold Würth, de 88 anos, com o grau de Grã-Cruz da Ordem do Mérito.”