
A nossa desilusão – e, frequentemente até, a nossa repugnância – perante muitos dos/as nossos/as lideres, deriva de factores mais profundos do que as dificuldades do cargo em si. Preocupam-se com o seu estatuto, e são incapazes de inspirar ou unir, não são imaginativos para resolver os problemas aparentemente irresolúveis que nos assolam, têm medo de ser francos connosco, não têm coragem suficiente para nos liderar em momentos difíceis, e para motivar a mudança.
Encontram-se ainda lideres que ao invés do desejável, afirmam: “já mandei fazer,….” e de seguida não dão a cara, não tem a inteligente humildade de assumir o erro e pedir desculpa, dar o exemplo.
Já o quê? Mandei!!!! Mandar, mando um animal irracional, se pedir, o objectivo e a mensagem é totalmente diferente, a predisposição de qualquer humano ao ser solicitado é de uma total disponibilidade.
O modo como comunicamos é fundamental, na maior parte das vezes as pessoas não se recordam do que lhes foi dito, recordam e não esquecem o modo e o tom de voz com que lhe falaram.
“Uma das características de um mau líder é ser demasiado autoritário devido à confiança que tem em si mesmo” Papa Francisco
Um líder tem de se concentrar mais na missão do que no estatuto.
Se necessário for voltar atrás, façam-no de bom grado desde que apresentem as causas e se “desculpem” publicamente.
Por vezes, seguimos o caminho errado; as circunstâncias mudam e temos de aprender à medida que avançamos. Em suma é uma viagem e às vezes caímos. Os bons lideres retomam o seu caminho após cada tombo ou engano no trajecto, e chegam a valorizar o facto de terem aprendido e crescido no caminho, mesmo com as dificuldades.
Elasticidade à resistência (o mundo global dos negócios de hoje irá “fazer cair do cavalo” qualquer líder, mais do que uma vez, é por isso que tem de saber como voltar de novo a montá-lo).
Fundamental saber comunicar o porquê, ser frontal, franco e transparente.
Não se martirize por uma contratação errada é você que tem de resolver o erro.
-certifique-se de que toda a organização sabe os seus princípios, e que as consequências de incumprimento das mesmas sejam entendidas por todos;
– todos os colaboradores e não apenas os seniores, devem saber qual a real situação da empresa;
– as pessoas tem de ter os seus objectivos bem delineados e claros, de modo que os próprios façam a sua autoavaliação;
– invistam na comunicação com todas as estruturas ascendentes e descendentes. Jack Welch que esteve à frente da GE, durante 20 anos, aquando da sua saída, respondendo a uma pergunta, do que voltaria a fazer melhor, respondeu: “voltava a falar mais com as pessoas a todos os níveis da empresa”.
A importância da franqueza e energia positiva, a eficácia da diferenciação, a importância da voz, o poder da autenticidade e da meritocracia, a absoluta necessidade de mudança e a importância de nunca se fazer de vitima.
A liderança tem a ver com ajudar os outros a crescerem e a serem bem sucedidos, a liderança não tem apenas a ver consigo, tem a ver principalmente com eles.
A humildade não significa fraqueza mas sim o seu oposto. Os “Lideres” compreendem o poder da humildade, que permite ligá-los aos seus valores mais profundos e ao mundo à sua volta.
Energia pessoal para receber e lidar com a velocidade da mudança;
Capacidade de criar um ambiente que motive os outros;
Força para tomar decisões difíceis;
Capacidade de as executar de forma coerente;
Ser autêntico com a sua equipa;
Respeitar os compromissos com a sua equipa e clientes.
E, por favor, lembrem-se sempre que a ambição desmedida é a mãe de todos os males em qualquer comunidade ou congregação.
“A arrogância do sucesso reside em pensar que aquilo que fez ontem é suficiente para amanhã” William Polard