
A tormenta está a chegar, todos os factos convergem para tal, sendo que os responsáveis por “coincidência” são os mesmos, mas adiante, porque é passageira e alguém virá para limpar.
Nestes períodos temporários há também factores positivos a ter em conta e aprofundar. Não se pode nem deve desmoralizar, perder a esperança ou desistir. É nestas alturas que vem ao de cima o verdadeiro carater das pessoas, sendo que não há idade nem factos para que as pessoas se acomodem.
É sempre bom ter presente que as melhores ideias, as mais capazes, são frequentemente as menos plausíveis, e que a resistência no inicio do “caminho” é uma coisa boa, que o feedback das pessoas certas tem um enorme impacto no seu futuro, e que tem de ter a mente aberta para aceitar a verdade e ajustar o plano.
Estão já a aparecer, à semelhança do que aconteceu em 2012 / 2013 (taxa de desemprego chegou a 16%), pessoas que vão ter de voltar ao mercado de trabalho, pela razão de as empresas não se aguentarem, devido aos custos e carga fiscal no seu essencial.
São estas as pessoas que não se acomodam, que refazem a sua vida, se reinventam, que fazem parte da solução. Pessoas que escutam, que comunicam, que não fogem a desafios.
Vejam o exemplo do imobiliário, do turismo e de mais uma quantidade de sectores que progrediram e se desenvolveram, porque as pessoas se lançaram a aprender a desaprender para voltar a aprender, se formaram e pegaram nesses sectores, e refizeram as suas vidas. Tem um enorme valor.
Agora preparem-se, a palavra que mais vão ouvir, é ”NÃO”.
Agora que tipo de “não”?
É o “não” porque “não”, sem justificação, é um “não” de fuga, de pessoas que não se querem comprometer, que estão mais interessadas no seu ego do que em desenvolver as suas equipas e os seus negócios. É o “não” das pessoas felizes que vivem o seu presente, com medo de delegar devido à sua insegurança, e muitas vezes falta de atitude proactiva para a abertura de novos pontos de vista. Infelizmente muito corrente. Registem e ignorem.
É o “não” dos investidores que dizem “não” mas até queriam dizer que “SIM”, que a época não é a mais propicia, que as pessoas ainda não estão preparadas para o projecto, que se volta a falar mais tarde. Registem, invistam, mais dia menos dia vão ficar com o projecto. Tenham paciência…e não despeguem, sejam resilientes, preparem-se, mais dia menos dia acontece vir o “SIM”.
É o “não” convicto fundamentado e baseado em factos. Agradeçam, foram sinceros, no entanto apesar da primeira tentativa a porta não se fechou. Quantas e quantas vezes são estes os “nãos” dos futuros “SIM”. Este “não” pode transformar uma grande ideia numa ideia inovadora, pode abrir novas pistas sobre a dimensão de ideias, ajudar no ajuste da estratégia e objectivos.
O “não” é sempre um princípio.
Por fim os «nim», não respondem, nem sim, nem não, mesmo após insistência. Não dão a cara. Não são nem querem ser educados. Registem e desprezem.
“A vida é uma escada. As pessoas que encontramos na subida, também as encontramos na descida” Papa Francisco.
Não tenham medo ou receio de dizer a verdade. Sem confiança nunca se chega à verdade. As pessoas muitas vezes não querem ouvir a verdade, mas tendem a confiar nas pessoas que a falam, que a exigem e que a revelam.
Temos de reconhecer que as condições do mercado de trabalho, estão em constante mutação, e tem de ser estrategicamente pacientes, sendo que tal não significa que fiquem sentados à espera.
Há tanta coisa para fazer. Saiam de casa, sejam curiosos, formem-se noutras áreas, façam voluntariado, partilhem ideias e caminhos, partilhem fracassos e alegrias, preparem-se para quando chegar o momento de voltar a carregar no acelarador.
O mercado de trabalho sendo cíclico, está em constante evolução, e cada vez mais são necessárias nas empresas pessoas com atitude. O “canudo” é importante, sendo preponderante a atitude. As pessoas e os projectos são contratados pela atitude das pessoas, as competências podem ser ensinadas.
A atitude é para ser treinada, todos mas todos precisamos de treino, de cair e levantar, de ter e não ter razão, de pessoas a quem agradamos e a quem não agradamos…
As empresas que são quem cria grande parte da riqueza, e que pagam impostos, precisam de pessoas que queiram crescer, comunicativas, eficientes, positivas, adaptáveis, fortes e que ganhem paixão pelo que fazem. Pessoas que pensem pela própria cabeça, com opinião fundamentada, que saibam preparar e defender a sua fundamentação, e que tenham a humildade da desculpa caso não tenham razão.
Nunca desprezem uma tormenta porque é nessas alturas em que surgem ideias brutais e urgência em relação às mesmas.
“stay hungry, stay foolish” Steve Jobs (Continue com fome, continue tolo.)