
Sou um optimista por natureza, e realista por a vida assim nos ditar. Em todo o processo negativo vejo sempre algo de positivo, vou sempre à procura dos pontos de melhoria, tenho muita mas mesmo muita dificuldade em desistir, o que não quer dizer em mudar de opinião e muitas vezes o rumo dos acontecimentos.
Vamos todos passar dificuldades, o desemprego vai para números aflitivos (no ano de 2013 chegou a 16%, dados do INE), a economia apesar do boom de dinheiro que aí vem, vai-se ressentir muito, etc, etc, etc…Temos de seguir em frente, temos de escolher um de dois caminhos na vida; um é largo e percorrido, inibe o potencial humano, é o caminho para a mediocridade; outro é o caminho para a grandeza e o significado, que liberta e concretiza o potencial humano.
Dados da pordata de Julho de 2020, revelam que existem em Portugal, 3.600.283 pensionistas num universo de 5.252.600 de população activa, 22% da população tem mais de 65 anos. Na população activa encontram-se 169.485 a receber subsidio de desemprego e 267.320 a receber rendimento social de inserção.
A taxa de inactividade dos reformados é cerca de 49%. Uma brutalidade.
Já expressei o meu ponto de vista de que desempregados e rsi, deveriam ter uma qualquer ocupação cívica / social, enquanto se encontrarem nessa situação transitória.
Quanto aos reformados, após uma vida de trabalho, tem o direito de descansar e gozar a sua vida, mas até aqui, podem e devem ser produtivos, todos temos características e muito conhecimento a passar e ensinar.
Uma das características é a da resiliência psicológica como capacidade de responder de forma rápida e construtiva às crises, não deixando que as pessoas e empresas fiquem agarradas pelo medo, raiva, confusão ou tendência a atribuir culpas.
Outro ponto é o stress que apaga a memória a curto prazo. Pessoas com muita experiência tendem a não entrar em pânico, porque, quando o stress suprime a sua memória a longo prazo, ainda assim, elas têm algum resíduo de experiência de que podem valer-se. Não vale a pena entrar em pânico que é o oposto de bloqueio. As pessoas bloqueiam porque pensam de mais. O pânico deve-se a pensar de menos. O bloqueio é o regresso ao instinto, o pânico é a reversão ao instinto.
As perguntas e questões difíceis, que se tem de fazer a quem está à frente das equipas “porque razão esta equipa é liderada por si?”, o silêncio do saber escutar, o desafio constante em que as pessoas tem de viver, o saber delegar, a substituição de hierarquias e das autoridades formais para melhor utilizar as inteligências e a potenciação da diversidade.
Para que uma organização forte, possa resistir a mudanças, têm de se usar métricas de desempenho rigorosas, avaliações semestrais associadas a um sistema de compensação baseado no mérito. Os trabalhadores que ficam nos últimos 10% recebem um plano de melhoramento, e se continuarem a figurar consistentemente, nos piores lugares acabam por ser dispensados.
Vamos precisar de derrubar burocracias, reduzir o papel do estado e originar novas economias, com empresas mais simples e mais eficazes.
O papel dos sindicatos tem de ser diferente, não como integradores e técnicos de poder, mas sim como potenciadores de uma maior rentabilidade dos negócios e das empresas.
A educação vai ser mais directa, com jovens e velhos misturados, mais intercalada e entrosada com o trabalho, mais repartida e ao longo de toda a vida.
A experiência dos mais velhos traz a sua capacidade de escutar os outros, a imaginação, a:
Atitude – Tudo para toda a gente / Menos, mas melhor
Talento – Contrata pessoas freneticamente / Remove pessoas que impedem o avanço da equipa
Estratégia – Abrangente onde tudo é uma prioridade / Pergunta “se pudesse fazer só uma coisa, qual seria?”, elimina as distracções não essenciais
Responsabilização – Verifica demasiado, ou está tão ocupado que não verifica nada, perturba a concentração do grupo e depois ausenta-se / Verifica junto das pessoas de maneira gentil para perceber como pode remover obstáculos e permitir pequenas vitórias.
Fernando Pessoa escreve que para vermos efectivamente a realidade como ela é, precisamos de aprender a desaprender. De facto, menos é mais.
1 Comment
Gostei António,
Faz pensar, para não desistir e tentar melhorar!
Pensar em demasia, sem dúvida que prejudica muitas vezes. Difícil é: até onde pode ir o pensamento.
Acho que só sabemos quando concluímos que: 1 – perdi a oportunidade. 2 – já fiz asneira.
É o “RISCO”.