
Uma condecoração denota que as pessoas que a tal são sujeitas, se deve a feitos altruístas, que é um prémio pelos mesmos, é um reconhecimento por algo inédito em prol do País, um louvor.
Temos que o Senhor Vice Almirante Henrique Gouveia e Melo, trouxe ordem e paz a um projecto que estava a descambar para o lado politico com “mortes” de pessoas, e que só o seu trabalho de equipa disciplinado com as pessoas por si coordenadas, conseguiu estar a levar este projecto a bom termo. Parabéns Senhor Vice Almirante, e força nisso.
Temos o Senhor Fernando Santos, selecionador e treinador da selecção nacional de futebol, que apesar de não ter conseguido o final que todos desejaríamos, soube sempre transmitir a liderança que é fundamental para motivar uma equipa de “estrelas”, que com as mais diversas origens e princípios educacionais, é com certeza uma enorme dor de cabeça.
Temos a atitude de 40 grandes empresas se juntarem, com o objectivo de crescimento próprio e de projectar e ajudar pme a crescer. Claro que as empresa tem de ganhar com esta “associação”, anormal seria o contrário, só que o crescimento das mesmas traz as pme para cima, caso sejam viáveis, isto é muito salutar.
Um cadastro é algo em que as pessoas olham primeiro ao seu interesse pessoal, que culmina com um registo policial ou judicial de criminosos ou de penas aplicadas, com o fornecer dados pessoais para ficar inscrito em alguma coisa ou associado a um serviço.
Nesse sentido se as pessoas que tem um acto nobre de altruísmo são condecoradas, porque razão as pessoas que tem actos pouco sérios, indignos, não podem ser cadastradas?
São pessoas que prejudicam gravemente a sociedade presente e futura, que se agarram arrogantemente ao “poder”, sabendo que estão a prestar um péssimo serviço provado com factos e números, que tem orgulho e empenho em destratar as pessoas e empresas, que querem pôr os países e os respectivos povos em contraciclo com os seus “parceiros”, que dizem uma coisa hoje e amanhã com a mesma cara o seu contrário, que falsificam documentos com o intuito de proteger a sua “gente”, que nomeiam não por competência mas por conveniência, que acusam a sua própria equipa de modo que os próprios saiam de cena incólumes, que, que, que,….então neste caso, e do mesmo modo as pessoas devem ter “cadastro”.
Se no sector privado, um dos objectivos dos CEO das empresas é, para alem de aumentarem a satisfação dos seus clientes, stacholders e paz social, retribuírem aos seus accionistas o investimento por estes realizados, caso tal não aconteça são “postos a andar”, no sector estado e em todas as cerca de 700 empresas públicas, as pessoas acomodam-se, nada acontece, não existem responsabilidades, e muitas vezes são premiadas, quando deviam ser “cadastradas”. O Estado para ser forte tem de ser muito mais pequeno.
“O primeiro método para estimar a inteligência de um governante, é olhar para as pessoas que tem à sua volta” Maquiavel
Penso que só pode ir para a politica, não quem quer mas sim quem pode, porque nesse sentido não se tornam em mais um ónus para o erário publico, não são sugados pelas máquinas trituradoras, não passam a ser mais uma questão em vez de fazerem parte da solução.
O “cadastro” tem a grande mais valia para todos, de desincentivar os que não se sentem, ou não são competentes para os cargos propostos, fazendo com que as pessoas pensem que não vale tudo para “subir”, e que a descida num caso destes será muito mais dolorosa. Diz-se que “a ciência politica estuda os diversos arranjos políticos, sociais e culturais através dos quais as pessoas governam as suas vidas.” É contra este estado de pensamento que o “cadastro” pode e deve funcionar.
Samuel Johson, diz “A verdadeira dimensão de um homem mede-se pela forma como trata alguém que não pode fazer rigorosamente nada por ele”
Os lideres autênticos desejam genuinamente servir os outros através da sua liderança. Estão mais interessados em empoderar as pessoas que lideram de modo que elas façam a diferença, do que em ganhar poder, dinheiro e prestigio para eles próprios.
O Homem moderno está mais disposto a ouvir testemunhos do que professores de teoria.
Cadastro é faltar à verdade, não dizer a real situação, não mostrar a verdadeira divida, dizer que não se paga. Vamos entrar numa altura de duplo perigo; um o dito PRR, que tem muitas mas muitas possibilidades de deixar o país bem pior com o estado a pretender ser o motor da economia, quando como está mais do que sobejamente provado, quando o estado se pretende substituir aos privados, só nos leva a um estado de penúria.
O outro perigo é eleições autárquicas, em que os três fatores que todas as autarquias deviam publicar antecipadamente e muito claramente: passivo, activos, numero de empregados (números muito curtos e concisos). Após estes números transparentes, as pessoas podem então decidir.
Termino, temendo que vamos ter uns tantos mais “cadastrados”.
“O caminho da verdade é único e simples; o da falsidade, vário e infinito” Padre António Vieira