
Vivemos tempos de um “novo diferente” para os quais temos de nos capacitar, reorganizar e motivar.
Nestes tempos vem ao de cima as atitudes e capacidades das pessoas, o seu caracter pessoal como sendo o que realmente somos, a honestidade como sendo o principio de dizer a verdade, muitas vezes dura de escutar, a integridade como o cumprir as promessas feitas a nós e aos outros, a maturidade tendo como principio que o passado é nosso professor não nosso dono, e a mentalidade de abundancia de pontos de vista divergentes, que nos fazem aprender a desaprender de modo a vermos a realidade como ela é.
“Preocupe-se mais com o seu caracter do que com a sua reputação, porque o seu caracter é quem você é realmente, enquanto a sua reputação é meramente aquilo que os outros pensam que você é” John Wooden
Existem pontos fundamentais nestas mudanças de atitude, sendo que meritocracia e formação são os mais importantes para motivar as equipas das empresas.
As empresas são pessoas, pelo que se as empresas tem valores princípios e disciplina, também as pessoas devem participar e comungar dos mesmos, é o falar menos no “eu” e mais em “nós”, é o cultivar, motivar e incentivar a missão, visão e objectivos. As pessoas são parte da empresa, e da sua cultura.
E aqui entra a meritocracia como ponto fundamental para o desenvolvimento da empresa. Não há nada mais desigual do que todas as pessoas serem iguais, todas as pessoas merecem ser avaliadas com métricas claras e transparentes e com uma comunicação directa e assertiva.
O mérito atrai e motiva as pessoas. Não se pode ascender na vida profissional por amizades ou por politica.
As pessoas ascendem porque merecem que se invista nas mesmas, porque já deram provas de que vale a pena o seu investimento. Não há limite para tudo aquilo que um homem pode fazer, ou até onde pode ir, se não se importar com quem fica com os louvores.
As empresas tem de pensar que de facto menos é mais, tem de se tornar mais fortes, não que isso entenda por se tornarem maiores, e para isso é fundamental o grau de motivação e envolvimento das pessoas.
Não se avaliam só competências e qualificações, tem de se avaliar o seu nível de compromisso, o seu entusiasmo, se tem uma atitude positiva, o contacto visual, o seu modo de comunicação, a coragem pessoal.
Incentivar o mérito, criar, recriar e inovar o modo como se avaliam as pessoas, tornar a avaliação 360º um principio da empresa, tudo pode ser avaliado, até nas alturas menos fáceis das empresas.
A formação é um investimento, não só como pessoa, mas como interveniente de uma equipa com objectivos concretos, mensuráveis, realizáveis e transparentes. Não se pode ter medo da formação, ter medo de escutar opiniões dos mais diversos graus hierárquicos, ter de se ser mais lider e menos patrão. Para tal é necessário conhecer-se a si próprio, conhecer a sua equipa, ser humilde e escutar.
Um dos factos é que as pessoas tem mais abertura a falar com consultores externos, desde que estes consigam ganhar a empatia das pessoas, do que com colegas internos, isto é um facto, deixem “entrar” as pessoas, porque são estas que vão ajudar a identificar as “dores” da empresa.
Para o bom funcionamento de uma qualquer companhia, é fundamental convencer as pessoas a sentirem-se seguras ao mesmo tempo que se encorajam as mesmas a estarem disponíveis a discordar. As pessoas inteligentes que são capazes de discordar com ponderação são os melhores professores. As pessoas externas, são os confidentes com quem as pessoas vão desabafar, se vão tornar criativas e proactivas. Não tenham medo de dar formação e delegar, só tornam as empresas e as pessoas mais fortes.
Ninguém aprende alguma coisa sem estar aberto a pontos de vista divergentes. Pôr as pessoas da equipa executiva a ouvirem e aprenderem umas com as outras, promover debates para se chegar a soluções colectivas, trazer o conflito ao de cima e usá-lo como fonte de criatividade.
O conflito na busca da excelência é algo espantoso. Não deve haver uma hierarquia baseada na idade ou na antiguidade. O poder deve residir na razão, não na posição do individuo. As melhores ideias ganham, não importam quem são os autores.
A critica (pelo próprio e por outros) é um ingrediente essencial no processo de melhoria, no entanto, se gerida incorrectamente pode ser destrutiva. Deve ser gerida com objectividade. Não deve existir uma hierarquia ao fazer ou receber uma critica.
“As pessoas a temer não são aquelas que não concordam consigo, mas aquelas que não concordam consigo e são demasiado cobardes para lho dizer” Napoleão Bonaparte
Negócios, empresas e desporto são a mesma coisa, são intensos e divertidos, difíceis, rápidos, uma luta constante repleta de estratégia, trabalho de equipa, obstáculos e surpresas, são ambos para ganhar.
Permitam que, “Nós não temos apenas âncoras, também temos asas.” Padre Tolentino de Mendonça.