
Vivemos uma situação preocupante, e para a qual com a participação de todos, se vai conseguir dar a volta, célere.
Vamos passar um mau bocado, mas por favor já chega de más noticias.
Se se pretende ver ou ouvir uma outra noticia não é fácil, todos “malham”, sejam economistas, quase políticos a procurar protagonismo, dizendo que isto vai ser muito pior do que a ultima crise de 2008, são os “políticos” governamentais que tem uma “enorme moral e credibilidade” a dizer que é o fim do mundo,….por favor, dêem esperança às pessoas e empresas.
“Os pessimistas costumam ter razão, mas são os otimistas que mudam o mundo” Thomas Friedman
Quanto ao mercado, em minha opinião, vamos passar a ter uma nova situação, não semelhante à vivida até ao presente.
Vamos passar a ter empresas híbridas em que a inteligência humana e artificial têm uma maior probabilidade de trabalharem em conjunto porque será o meio de produzir e alcançar os melhores resultados.
O que se vai passar é que algumas empresas vão ver que estão sobre dimensionadas, outras vão chegar à conclusão de que podem reduzir os seus custos, nomeadamente com as despesas inerentes à presença física de uma enormidade de pessoas, que podem ser bastante mais rentáveis outdoor, numa situação winwin.
As empresas vão passar a ser mais meritocráticas, a dar mais valor a quem se transcende nos seus serviços, a ser mais “horizontais”, a ser mais humanas.
No passado mês de janeiro, deparei-me com uma situação numa empresa em que não existe uma métrica de avaliação das pessoas, pelo que não existem prémios de mérito. Mais existe um contrato sindical inadequado, que não permite às pessoas que queiram trabalhar acima de um determinado número de horas, pelo que a sua produtividade e rentabilidade não pode sobressair. As pessoas querem, mas não podem!!!! O mercado não vai comportar estas situações injustas.
Existem por outro lado as empresas extremamente hierarquizadas, muito “importantes”, em que todas as suas hierarquias são pessoas com um grande “ego”, com pouca humildade, que não escutam porque estão ansiosas de falar, as empresas do eu, eu, eu.
Empresas baseadas na hierarquia, na padronização e na obediência, em vez de equipas flexíveis e centradas na pessoa humana, em que a tecnologia não é uma ameaça mas um parceiro tanto dos trabalhadores como dos clientes.
Enquanto o sucesso for definido por quem trabalha mais horas, quem passa mais tempo sem ir de férias, quem dorme menos, quem responde a um mail à meia noite ou às cinco da manhã – basicamente quem sofre de maior fome de tempo – nunca as empresas conseguiram dar a volta.
Por um lado as leis laborais (politicas), por outro a falta de coragem e de integridade, são exemplos de empresas que o mercado não vai abarcar e ainda bem.
Numa época digital em que o cruzamento entre o melhor humano com o melhor algoritmo, será o futuro, não tem razão de existir este tipo de empresas.
Muitas empresas burocratas são fruto de autoritários mesquinhos que criam regras e procedimentos desnecessários, apenas para expressar ou reforçar o seu poder. Qualquer idiota pode fazer uma regra, mas será preciso um “génio” para simplificar a mesma.
Todos merecemos respeito.
Somos importantes para os outros tanto como somos para nós. Temos de nos disciplinar com cuidado, de manter as promessas que fazemos a nós próprios, de nos recompensarmos, de modo que possamos confiar em nós e ter a motivação necessária.
Temos de ser a solução, de nos reorganizar, de nos reinventar de nos renovar.
As empresas como mola real da economia e o governo como seu apoio têm de se tornar melhores sem se tornarem maiores.